Ambiente Macroeconômico e de
Investimentos
As novas incertezas globais advindas da economia européia trouxeram quedas ao mercado de ações e pressão sobre a taxa de câmbio. Todavia, não neutralizaram as tendências do crescimento econômico brasileiro que, segundo as mais recentes expectativas, já apontam para uma expansão de 6,5% em 2010. E isso, num ambiente de forte retomada dos investimentos produtivos.
Conquanto o ambiente internacional permaneça instável e ainda possa haver novos problemas na Zona do Euro, hoje não se vislumbra uma reversão no quadro brasileiro. Com efeito, tem sido bastante comum as empresas globais privilegiarem o País em seus planos de investimento, o que contribui para a auto-realização das expectativas com a economia local. Isso é típico nos ciclos virtuosos de crescimento, como o que vivemos hoje.
Do lado dos negócios, o maior reflexo do acirramento da crise européia se deu sobre as emissões de novas ações em bolsa. Mas o rigor dos investidores na precificação dos ativos não deixa de ter seu lado positivo, já que inibe a eventual consecução de frágeis projetos de investimento. Com menos facilidade na obtenção de recursos, os novos empreendimentos, assim como as decisões das empresas, permanecem economicamente justificáveis. De resto, acreditamos que o atual ambiente de moderada confiança por parte das empresas deva prevalecer ao longo destas próximas semanas.
CENÁRIO ECONÔMICO |
2007 |
2008 |
2009 |
2010* |
2011* |
PIB (PM) - Var % |
5.7 |
5.1 |
0.2 |
6.5 |
4.5 |
Inflação IPCA - Var %
|
4.5 |
5.9 |
4.3 |
5.7 |
4.8 |
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim
Ano |
1.771 |
2.337 |
1.743 |
1.80 |
1.85 |
Tx de Juros Nominal - %
Acum. Ano |
11.9 |
12.5 |
9.9 |
10.4 |
11.8 |
Dívida Pública - % PIB
|
43.9 |
37.3 |
43.0 |
41.1 |
39.7 |
Saldo Comercial - US$
Bilhões |
40.0 |
24.8 |
25.3 |
15.0 |
4.5 |
Trans. Corrente - US$
Bilhões |
1.6 |
-28.2 |
-24.3 |
-48.1 |
-58.0 |
Investimentos Diretos - US$
Bilhões |
34.6 |
45.1 |
25.9 |
36.5 |
40.0 |
* Fonte: Focus - Relatório de
Mercado - 28/05/2010 (Banco Central do
Brasil)
Agroindústria
| Com investimentos de R$ 13,5 m, a
Tortuga, fabricante de rações para bovinos, suínos
e aves, está estreando no segmento de alimentos para pets.
Com o investimento, a empresa passará a produzir e comercializar
complementos alimentares para cães e gatos. Do aporte total, R$ 12 m
referem-se à aquisição da linha de saúde animal da
Minerthal, que será sua base operativa no segmento.
O R$ 1,5 m restante destina-se aos produtos, que levarão a marca
Vitamici. A Tortuga
hoje detém 45% do mercado de rações para animais de produção.
| A Bunge pretende
investir US$ 750 m nos próximos três anos para expandir as três
usinas de açúcar e álcool que detinha antes da aquisição da
MoemaPar. As cinco unidades recém adquiridas também deverão
ser ampliadas, mas os planos para elas ainda não estão concluídos.
Com os investimentos já definidos, a empresa
norte-americana pretende ampliar em 50% sua capacidade de moagem.
Atualmente a Bunge é a terceira maior companhia
sucroalcooleira do País, atrás apenas da Cosan e da
Louis Dreyfus. Além das oito unidades no setor, a empresa também conta no Brasil com sete moinhos de trigo, oito processadoras de soja, sete refinarias, cinco unidades de envase de óleos vegetais, uma unidade de maionese, uma de margarina e 20 misturadoras de fertilizantes.
| A Amyris
Biotechnologies e o Grupo São Martinho
alteraram o acordo firmado em fins de 2009 para a produção de
especialidades químicas. Pelos novos termos, a unidade a ser
construída pelas duas empresa não mais ficará ao lado da
Usina Boa Vista, em GO. O projeto será
redirecionado para junto da unidade de Pradópolis (SP), a maior do
Grupo São Martinho. Outra
alteração é que a Amyris
não mais será acionista da Boa Vista, como
inicialmente previsto. Pelo acordo original, a
Amyris ficaria com 40% desta unidade, realizando um
aporte de R$ 140 m em suas operações. Com isso, o acordo entre as
duas empresas se limitará à criação da SMA Indústria
Química, cujo capital será igualmente dividido entre as sócias.
| A ETH Bioenergia
(Grupo Odebrecht) e a Companhia Brasileira
de Energia Renovável (Brenco) concluíram o
acordo para a fusão de seus ativos. Foi realizada uma chamada de
capital, entrando R$ 275 m de dinheiro novo na sociedade e havendo a
conversão de R$ 380 m de dívidas. Metade do aporte foi realizado
pelos três principais acionistas da Brenco : o
BNDESPar, que terá 16,6% da nova empresa; o
Tarpon, que ficará com 15%; e o
Ashmore, que terá 2,7%.
| Em sua maior investida no mercado de
etanol, a Petrobras anunciou a compra de 45,7% do
capital da Açúcar Guarani, do grupo francês
Tereos. Com isso, a Petrobras
associa-se à quarta maior usina em operação no Brasil, produtora de
açúcar, etanol e energia. Em fins de março o grupo Tereos
Internacional decidiu concentrar na
Guarani e no Brasil a administração de seus ativos
da Europa e da região do Oceano Índico, estimados em € 1 bilhão. Por
meio da Petrobras Biocombustíveis, a
petrolífera estatal está aportando R$ 682 m na Açúcar Guarani, montante que deve chegar a R$ 1,6 bilhão no prazo de cinco anos.
| E
com parte dos recursos já recebidos, a
Açúcar Guarani, por meio da
Cruz Alta Participações, anunciou a aquisição integral da Usina
Mandú por R$ 345 m. A Guarani controla a
Cruz Alta com 51% de seu capital e, com a compra,
amplia sua atuação na indústria sucroalcooleira do País,
principalmente no segmento de etanol, como é de interesse da
Petrobras Biocombustíveis.
| A Pioneer Sementes, empresa controlada pela norte-americana DuPont,
iniciou a construção de uma unidade de processamento e armazenamento
de sementes de soja e milho no MT. A unidade ficará no município de
Primavera do Leste e envolve três fases de implantação num prazo de
três anos. Esta será a primeira unidade da Pioneer
no MT, sendo que hoje ela possui centros processadores no RS, GO e DF.
| Dos R$ 200 m de investimentos previstos
pela paranaense Coamo em 2010, R$ 170 m serão
utilizados na modernização e aumento de capacidade para recebimento
de grãos em 43 armazéns e silos. Os R$ 30 m restantes serão
destinados à melhoria da frota de veículos e equipamentos da
cooperativa. A Coamo
atua no PR, SC e MS e a prioridade de seus investimentos é o escoamento da próxima safra, que deverá ser recorde. Do montante total, R$ 110 m serão aplicados ainda em 2010.
| O Noble Group,
trading de
commodities com sede em Hong Kong, pretende investir
US$ 150 m em sua primeira esmagadora de soja no Brasil. A unidade
está prevista para o Estado de MT e visa abastecer o mercado chinês.
A expectativa é de que as obras se iniciem em 2011, com as operações
devendo ser inauguradas em 2012. No Brasil, a empresa já atua
na originação de grãos e possui duas usinas de açúcar e álcool, além
de diversos ativos logísticos para suportar suas operações. Já
na América Latina, o Noble Group
acabou de concluir aportes de US$ 200 m em uma esmagadora na Argentina.
| O fundo Arion Capital
assumiu o controle do grupo agroindustrial Maeda,
um dos maiores produtores de algodão e grãos do Brasil. A transação
envolveu 86% do capital da empresa e foi efetivada por R$ 100 m mais
o repasse de dívidas. Todavia, a conclusão do negócio ainda depende
da renegociação de dívidas com os credores bancários. O grupo
Maeda
possui sede em Ituverava (SP) e foi um dos precursores na expansão da cotonicultura para a Região Centro-Oeste.
| O grupo Algar pretende
investir R$ 77 m em uma nova refinaria para produzir óleo de soja no
MA e construir novos silos visando a distribuição da marca
ABC Minas na Região Nordeste. A empresa hoje conta
com fábrica em Uberlândia (MG), a Algar Agro, e 35
silos em MG e na Região Centro-Oeste. Esta unidade de refino produz
derivados da soja, como óleo, azeite e farelo, todos sob a marca
ABC Minas.
Alimentos
| A Seara Alimentos,
empresa controlada pela Marfrig Alimentos, firmou
protocolo de intenções para a construção de um complexo industrial
de aves em Jaciara (MT). Os investimentos são previstos em R$ 150 m
e, além de abatedouro, também deve ser instalada uma granja de
matrizes, incubatório e fábrica de rações. A Seara
foi adquirida pela Marfrig em 2009, somando-se às
operações da OSI na Europa, da Pena
Branca, da DaGranja e da Doux
Frangosul. Atualmente, o grupo Marfrig
conta com 31 abates de bovinos, 17 abates de frangos, 33 plantas de
industrializados, 4 unidades de suínos, 1 de peru, 5 de cordeiro,
além de fábricas de ração e tradings.
| E no plano internacional, a
Marfrig, por meio das subsidiárias Marfrig
Holdings (Europe) BV e Moy Park, está
assumindo a totalidade das ações da irlandesa O'Kane
Poultry por £ 26 m, o equivalente a R$ 70,4 m. A
O'Kane atua no setor de carne de aves e suas
operações representam uma diversificação para a Moy
Park
em produtos que incluem perus e frangos. Os ativos adquiridos abrangem uma fábrica de ração, incubadoras, granjas, unidade de abate e processamento de aves.
| A oferta primária de ações do
frigorífico JBS Friboi movimentou R$ 1,84 bilhão.
Os recursos obtidos pela empresa de alimentos visam a ampliação de
sua plataforma global de distribuição (dois terços do montante) e
capital de giro (um terço). A JBS Friboi é
controlada pela FB Participações (59,1% das ações
ordinárias antes da oferta) e também tem a BNDESPar
como grande acionista (18,5%). A empresa é a maior do mundo no setor de proteína animal, atuando nos diversos segmentos de carnes (bovina, aves, suínos) e de lácteos.
| A Wow!, detentora da
marca de sucos prontos Sufresh, segunda maior do
mercado brasileiro com 10% de participação, está unindo-se à
Gold Nutrition, fabricante dos adoçantes
Assugrin, Gold e Doce
Menor. As duas empresas, na verdade, já pertencem ao mesmo
grupo, o Brasfanta, que também atua nos setores de
laminados de PVC (FLC Plásticos), softwares de gestão (New Age) e educação
(Colégio e Instituto Sidarta). Da fusão, nasce uma
nova empresa de alimentos chamada Wow! Nutrition,
que terá linhas de sucos prontos, adoçantes, chás prontos,
chocolates, gelatinas e outros. A Sufresh
está investindo R$ 7 m para ampliar sua fábrica em Caçapava, SP.
| A química suíça
Givaudan, especializada em aromas e fragrâncias,
está investindo R$ 55 m para expandir e modernizar suas instalações
no Brasil. A empresa recém-concluiu aporte de R$ 40 m em sua unidade
paulistana de fragrâncias e irá aplicar outros R$ 15 m para aumentar
sua fábrica de aromas. Neste último segmento, o foco da
Givaudan são taste solutions
para as indústrias de alimentos e de bebidas.
| A belga Puratos, que
atua na panificação e fabricação de chocolates para uso industrial,
pretende investir € 10 m para desenvolver o primeiro chocolate de
origem do Brasil. O projeto passa pela aquisição de uma fábrica de
liquor de cacau (matéria-prima do chocolate) do grupo
Floresta do Rio Doce em
Linhares (ES) e na estruturação de uma fazenda modelo neste município. O chocolate de origem tem produção controlada e certificada desde o plantio do cacau, como ocorre no mercado de vinhos.
| A suíça Barry
Callebaut, maior fabricante mundial de chocolate bruto para
indústrias, inaugurou sua primeira fábrica de chocolates na América
do Sul, em Extrema (MG). A unidade recebeu investimentos de US$ 15
m e deverá abastecer o mercado sul-americano de fabricantes de
chocolate, sorvetes, confeitaria e especialistas em chocolates. No
Brasil, a Barry Callebaut
ainda não fabricava chocolates, mas já processava cacau em Ilhéus, BA.
Bebidas
| A italiana Davide
Campari-Milano, fabricante do aperitivo
Campari, está ampliando de R$ 66 m para R$ 120 m o
investimento em sua nova fábrica no Complexo Industrial
Portuário de Suape, em PE. O Brasil é hoje um dos maiores
mercados para o Campari, bebida vendida em 190
países. A nova planta brasileira deverá ser inaugurada ainda neste
ano. Além do Campari, a empresa italiana também
produz marcas de destilados como Cynar,
Dreher, Skyy, Old
Eight e Drury's. Após a inauguração da unidade em Suape, a atual planta da empresa em Jaboatão dos Guararapes (PE) deverá ser desativada.
| Com investimentos iniciais de R$ 60 m,
está nascendo na Região Nordeste uma nova empresa no mercado de
cervejas premium. Trata-se da Companhia Brasileira de
Bebidas Premium (CBBP), prevista para
iniciar suas operações em dezembro no município cearense de
Pindoretama. A produção da nova empresa será totalmente destinada à
Região Nordeste. A CBBP
também planeja iniciar a construção de uma segunda unidade em 2011, que deverá ficar em PE e absorver investimentos de outros R$ 60 m.
Comércio
| Três anos após assumir a rede sergipana
G.Barbosa, quarta maior varejista do País, a
chilena Cencosud adquiriu o controle da rede
Super Família, com sede no CE. A compra foi
realizada por cerca de R$ 56 m e abrange as quatro lojas da
Super Família e o centro de distribuição da empresa
em Fortaleza. Na sequência, a Cencosud também
anunciou a incorporação da rede baiana Perini, que
atua no setor de alimentos. A aquisição custou US$ 27,7 m, sendo que
a Perini conta com oito lojas de padaria e
delicatessen na região metropolitana de Salvador. Antes destas
aquisições, a Cencosud
atuava no Brasil com 20 hipermercados, 30 supermercados e 47 farmácias.
| Com investimentos previstos de R$ 350 m
até 2012, o grupo mineiro Centauro
pretende acrescentar 139 lojas a
sua atual rede de 150 unidades. A empresa, maior revendedora de
artigos esportivos da América Latina, aposta na expansão baseada nos
eventos esportivos previstos para a década. Todas as novas unidades
serão em shopping centers. Em 2012 os planos da companhia também passam por sua
abertura de capital. A Centauro é controlada pelo
Grupo SBF, que também possui a rede By
Tennis e a licença da Nike Store
no Brasil.
| O Grupo Pão de Açúcar
(GPA) decidiu reorganizar suas bandeiras e irá
descontinuar as marcas Sendas,
CompreBem e ABC CompreBem até o
final de 2011. Todas elas devem ser substituídas pela bandeira
Extra Supermercados, criada em 2010. Já a marca
Extra Fácil, voltada ao varejo de bairro, deverá
ficar com 60 das 100 novas lojas previstas para este ano. A
racionalização das bandeiras em torno do nome Extra
visa, dentre outras coisas, aproveitar sinergias no varejo de
alimentos. Mas o movimento também pode estender-se à Extra
Eletro, que hoje se encontra sob a
Globex/Ponto Frio.
| A rede francesa Leroy
Merlin tem planos de investir R$ 1 bilhão no Brasil para
abrir 20 novas lojas até 2014. Paralelamente, a empresa também
pretende efetivar sua estréia no comércio eletrônico, ainda pouco
explorado pelas cadeias de materiais de construção do País. O
montante dos investimentos previstos ainda abrange a reforma e
ampliação das 19 lojas hoje existentes. A Leroy
Merlin
é líder no comércio brasileiro de materiais de construção. Suas novas lojas deverão ficar nos Estados do Sul e Sudeste, sendo que neste ano deverão ser inauguradas unidades em Taguatinga (DF), Campinas (SP) e São Paulo.
Têxtil e Vestuários
| O BTG Pactual, por meio
do FIP Nala, adquiriu 37,5% do capital total da
Textília, empresa controladora da Vicunha
Têxtil. A injeção de capital do BTG foi de
R$ 250 m, na forma de compra de ações preferenciais. A
Vicunha
encontra-se em fase de investimentos no MT, onde serão aplicados R$ 350 m para a instalação de uma fábrica de fiação, tinturaria, tecelagem e acabamento em Cuiabá.
| A InBrands, empresa do
setor de moda e confecções pertencente ao Pactual Capital
Partners (PCP), associou-se à Cia.
das Marcas e, com isso, praticamente dobrará seu
faturamento. A Cia. das Marcas é proprietária das
marcas Richards, Salinas e
Bitang. Já a InBrands tem em seu
portfolio as grifes Ellus, Isabela
Capeto e Alexandre Herchcovitch. O valor
da transação e o percentual de troca de ações entre as duas empresas
não foram divulgados. Atualmente a Richards possui
67 lojas (26 por franquias), a Salinas 30 (21
franquias) e a Bitang
2 unidades.
| A fabricante de calçados e confecções
Vulcabras está investindo R$ 40 m para expandir sua
unidade de Horizonte, no CE. A expectativa é concluir o aumento de
produção até o final do ano, visando abastecer o mercado interno. A
unidade de Horizonte é a maior dentre as 26 unidades da
Vulcabras, hoje distribuídas no CE, SE, BA, RS e
Argentina. Nela concentram-se os produtos de maior valor agregado da
empresa, como as linhas Olympikus e
Reebok, além de botas profissionais.
Materiais de Construção
| A Votorantim Cimentos
(VC) lançou um novo plano de investimentos
envolvendo a construção de oito fábricas no País até 2013. O
programa envolve aportes totais de R$ 2,5 bilhões e estão previstas
três novas unidades na Região Nordeste (MA, CE e BA), duas no
Centro-Oeste (MT e GO), duas no Norte (PA) e uma no Sul (PR). No
geral, o objetivo da VC é aproveitar o movimento de
interiorização do desenvolvimento impulsionado por grandes obras de
infra-estrutura, programas habitacionais e expansão da renda e
crédito da população. Ao final, a previsão é de que a
VC
chegue a um total de 35 fábricas no País.
| O grupo Cikel, que atua nos setores de madeira e siderurgia, está unificando sua área de pisos de madeira e irá transferir a fábrica que possui em Araucária (PR) para Ananindeua (PA), onde já conta com outra unidade. Também prevê investimentos de R$ 80 m em ampliação produtiva e modernização de estruturas. O objetivo da empresa é aproveitar as boas perspectivas para o setor de construção civil.
Energia
| A Desenvix, braço de
investimentos em energias renováveis do Grupo
Engevix, anunciou a criação de uma nova companhia neste
setor, em sociedade com a Funcef. Trata-se da
Cevix Energias Renováveis, que nasce com ativos
avaliados em R$ 1 bilhão e planos de investimento de R$ 700 m a R$
800 m até 2012. Seus projetos abrangem empreendimentos como parques
eólicos, usinas baseadas no bagaço de cana e pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs). A participação da Desenvix na
sociedade se dará pela transferência de suas ações nas hidrelétricas
de Monel - Monjolinho Energética (RS),
Santa Rosa (RJ), Santa Laura (SC)
e Esmeralda (RS). Junto com a
Funcef, o grupo também está negociando a compra do
Estaleiro Rio Grande (ERG), no RS,
em construção pela WTorre.
| A State Grid Corporation of
China (SGCC) adquiriu por R$ 3,1 bilhões a
Plena Tramissoras, que possui 5% do mercado
brasileiro de distribuição de energia elétrica. Os ativos da
Plena envolvem 100% das empresas Serra da
Mesa Transmissora, Serra Paracatu,
Poços de Caldas Transmissora, Ribeirão
Preto Transmissora e Itumbiara
Transmissora. Também abrangem 75% da Expansión
Transmissão e da Expansión Itumbiara
Marimbondo, empresas nas quais a espanhola Abengoa
Brasil
detém os 25% restantes. A empresa chinesa é a décima-quinta maior empresa elétrica do mundo. No valor da aquisição, R$ 1,792 bilhão refere-se a pagamento à vista e R$ 1,3 bilhão a dívidas assumidas.
| Foi definida a participação estatal no
Consórcio Norte Energia, vencedor do leilão para a
construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no
Rio Xingu (PA). A Eletronorte ficará com 19,98% e
será a operadora da usina, enquanto a Chesf e a
Eletrobras ficarão com 15% cada. No
Consórcio Norte Energia, as empresas estatais em
conjunto possuem participação de 49,98%. Dentre as empresas privadas
participantes do consórcio, destacam-se a Queiroz
Galvão (10,02%); a Gaia Energia e
Participações, do grupo Bertin (10,02%); a
J. Malucelli (9,98%); e a Cetenco
Engenharia (5%). A Usina de Belo Monte
tem custo estimado de mais de R$ 20 bilhões e deverá ser a segunda maior hidrelétrica do País.
Petróleo e Gás
| A Petrobras Energia SA
(Pesa), subsidiária da Petrobras
na Argentina, anunciou a venda de sua refinaria em San Lorenzo e de
360 postos de combustível para a Oil Combustibles.
O valor total do negócio foi de US$ 110 m, sendo US$ 36 m pelos
ativos e US$ 74 m pelos estoques de petróleo e derivados. No país
vizinho, a Petrobras ainda conta com uma refinaria
em Bahía Blanca e outros 245 postos revendedores, além de 28,5% de
participação na Refinor, controlada pela
YPF Repsol. A Oil Combustibles é
controlada pela Oil M&S
e já atua no setor de exploração petrolífera.
| Internamente, a
Petrobras está entrando no mercado paulista de
distribuição de gás com a aquisição da Gás
Brasiliano por US$ 250 m, pagos à ex-controladora italiana
Eni Spa. A aquisição envolve 100% do capital da
distribuidora e foi realizada por meio da Petrobras
Gás. Com a Gás Brasiliano, a empresa de petróleo passa a deter participação em 21 das 27 distribuidoras de gás natural do País.
| A HRT Oil & Gas, empresa brasileira de exploração e produção de
petróleo, está investindo na África, onde obteve a concessão de três
blocos exploratórios em águas profundas na Namíbia. No Brasil a
empresa atua na bacia do Rio Solimões, na Amazônia, com 21 blocos
exploratórios adquiridos em 2009. Na África, a empresa será a
operadora dos blocos e terá 40% do consórcio formado com a
Universal Power (40%) e com a Acarus
Investments
(20%).
Química e Petroquímica
| A alemã Bayer deve
investir R$ 180 m no Brasil em 2010 e todas as suas divisões de
negócios serão contempladas. A empresa atua na área
químico-farmacêutica e também está prevista a criação de uma nova
área, a Bayer Technology Services. Do montante
previsto, R$ 21 m serão aportados pela parceira
Graham no parque industrial da
Bayer em Belford Roxo (RJ). Atualmente, o Brasil
representa o sétimo maior mercado para a Bayer
no mundo.
| O grupo paulista Unigel
concluiu investimentos de R$ 500 m na ampliação de sua capacidade
produtiva de sulfato de amônio e de metacrilato (acrílico) na BA. O
sulfato de amônia é utilizado na produção de fertilizantes e o
metacrilato é voltado para as indústrias da construção civil,
tintas, revestimentos e eletroeletrônicas. Neste último setor, a
Unigel
recém-inaugurou uma planta no México e hoje ela é a sexta maior fabricante mundial do produto. Enquanto no metacrilato a destinação da produção é basicamente externa, no caso do sulfato de amônio o mercado atendido pela empresa é essencialmente interno.
Alumínio
| A Vale vendeu suas
operações com alumínio no Brasil para a norueguesa Norsk
Hydro Commodities. Pelo acordo, a Vale
receberá pagamento de US$ 405 em dinheiro e ainda ficará com 22% do
capital do grupo Norsk Hydro ASA, tornando-se sua
segunda maior acionista. A empresa norueguesa assumirá dívidas da
ordem de US$ 700 m, sendo que a operação como um todo é avaliada em
US$ 4,9 bilhões. A Norsk Hydro é a terceira maior
produtora de alumínio da Europa e, após a transação, terá 34,5% do
seu capital em mãos do governo norueguês. No Brasil, o grupo passa a
controlar 51% da fabricante de alumínio Albrás; 91%
da produtora de alumina Alunorte; 81% da
CAP, refinaria de alumina ainda em desenvolvimento;
e 60% da Bauxite JV, empresa que irá gerir a
mineradora de bauxita Paragominas. O único ativo no
setor a permanecer com a Vale será sua participação
de 40% na MRN.
| A fabricante de alumínio
Novelis, subsidiária da indiana
Hindalco, vai investir US$ 15 m em suas
operações de reciclagem no Brasil. A empresa possui unidade de reciclagem
em Pindamonhangaba (SP), complexo que receberá aportes ainda
maiores. Os investimentos da Novelis na produção
de chapa de alumínio em Pindamonhangaba devem chegar a US$ 300 m, a
fim de acompanhar o crescimento do setor de embalagens para bebidas
no Brasil e América do Sul. A conclusão da expansão é prevista para
o final de 2012. Além da linha de Pindamonhangaba, no Brasil a
Novellis
também possui ativos em Aratu (BA), Ouro Preto (MG) e Santo André (SP), além de nove usinas hidrelétricas em MG.
Mineração e Siderurgia
| A Vale está investindo
na mineração de ferro em continente africano. Trata-se da aquisição
do projeto Simandou, na Guiné, por US$ 2,5 bilhões.
A transação envolve 51% de participação na BSG
Resources, que detém concessões para extração de minério de
ferro naquele país. Do valor total, US$ 500 m serão pagos à vista e
o restante ficará sujeito ao cumprimento de metas. O projeto
Simandou deve iniciar suas operações em 2012. Esta
é a primeira reserva de ferro da Vale
fora do Brasil.
| E em parceria com a siderúrgica
Sinobras, a Vale passará a
produzir bobinas de aço em Marabá, no Pará. A nova empresa, batizada
de Projeto Aline, é um desdobramento da
Aços Laminados do Pará (Alpa),
usina da Vale com atividades previstas para 2013 e
investimentos totais de R$ 7,4 bilhões. A Alpa irá
fornecer placas de aço para o Projeto Aline, que produzirá bobinas quentes e frias e chapas galvanizadas.
| A ArcelorMittal aprovou
investimento de US$ 1,2 bilhão para ampliar a capacidade produtiva
de sua usina de aços longos em João Monlevade, em MG. O investimento
tem um horizonte de dois anos e visa o aumento na fabricação de
fio-máquina, produto utilizado em lãs de aço, cabos, molas, hastes
para amortecedores, cordoalhas para pneus e outros. A atual usina
irá receber mais um alto-forno a carvão mineral, uma nova
sinterização e ainda terá ampliada sua aciaria. Atualmente a
ArcelorMittal
opera quatro unidades de aços longos no Brasil: João Monlevade e Juiz de Fora em MG, Piracicaba (SP) e Cariacica (ES).
Bens de Capital
| A finlandesa Metso
Paper, uma das maiores fabricantes globais de máquinas e
equipamentos para a indústria de papel e celulose, irá investir R$
50 m para ampliar sua capacidade produtiva e de prestação de
serviços em Araucária (PR). A unidade também receberá a sede
administrativa e operacional da empresa na América do Sul, passando
a abrigar os ativos hoje instalados em Curitiba. A Metso
Paper
visa ampliar sua presença na prestação de serviços reparo, manutenção e pré-montagem de equipamentos. No Brasil, sua maior operação está sediada em Sorocaba, SP.
| O grupo Voges, fabricante de motores elétricos e componentes fundidos para o setor automotivo, vai investir R$ 50 m para ampliar sua capacidade de fundição própria em Caxias do Sul (RS) até 2013. O aporte abrange a importação de novos equipamentos e a transferência do endereço das instalações. A empresa deve inaugurar em meados deste ano uma fábrica de motores elétricos em Recife (PE), a qual recebeu aportes de R$ 16,5 m. Esta unidade irá fabricar equipamentos leves para sistemas de refrigeração e máquinas operatrizes.
| O Fundo Óleo e Gás FIP,
administrado pelo Banco Modal, está investindo R$
90 m no capital da Enesa e ficará com
uma participação minoritária no capital da montadora de
equipamentos para o setor de energia e siderurgia. A
Enesa está retomando suas atividades na cadeia de
fornecedores da Petrobras. Atualmente, a empresa atua junto
a projetos hidrelétricos, como os de Jirau e
Estreito, do grupo GDF Suez, e
na área siderúrgica e de mineração atuou na montagem do projeto
Alumar, da Alcoa, e da
Companhia Siderúrgica do Atlântico
(CSA), da ThyssenKrupp.
Veículos e Autopeças
| A montadora norte-americana
Ford ampliou de R$ 4 bilhões para R$ 4,5 bilhões
seus investimentos previstos no Brasil entre 2011 e 2015. Este será
o maior aporte quinquenal da empresa no País e prevê o
desenvolvimento de um novo veículo global em Camaçari, BA. O plano
também prevê que a nova geração do utilitário esportivo
EcoSport
seja destinada ao mercado global.
| A Automotiva Usiminas, braço de estamparia, pintura e montagem automobilística, da
companhia siderúrgica mineira, está investindo R$ 190 m até 2012
para dobrar sua unidade de pintura em Pouso Alegre (MG) e para
instalar uma linha de cabines de caminhão nesta mesma unidade. A
empresa, originada dos ativos da Brasinca e que já
foi denominada Usiparts, aposta no crescimento mais acentuado do segmento de caminhões.
| A ArvinMeritor,
fabricante norte-americana de autopeças, anunciou investimentos de
US$ 30,5 m para ampliar sua capacidade produtiva no Brasil até o
final de 2011. Serão US$ 15 m para uma nova linha de cardans
(sistemas de transmissão) em Osasco (SP); US$ 10,5 m na participação
da empresa junto à unidade da MAN
em Resende (RJ); e US$ 5 m em pesquisas e desenvolvimento. O foco dos investimentos será o segmento de caminhões, seguindo a estratégia global da empresa de concentrar-se na área de veículos comerciais.
| A TI Automotive,
fabricante de sistemas fluidos para a indústria automotiva, pretende
investir R$ 40 m no Brasil até 2015 em novos negócios, automação e
equipamentos. Com isso, a empresa inglesa pretende ampliar sua
participação no segmento de bombas e módulos de combustível, onde
detém participação de 15%. Recentemente, a TI
Automotive
transferiu sua unidade de Caçapava (SP) para São José dos Campos (SP), que hoje sedia sua maior fábrica mundial. Atualmente a empresa conta com 126 fábricas distribuídas em 27 países. No Brasil são duas linhas em São José dos Campos, além de unidades em Gravataí (RS), São José dos Pinhais (PA) e Juatuba (MG).
Informática
| O fundo britânico de private
equity Apax Partners assumiu o controle da
Tivit, empresa de tecnologia da informação. A
Tivit tinha como controladores a Votorantim
Novos Negócios (VNN), com 35% de seu
capital, o fundo de private equity brasileiro
Pátria, com 7%, e membros de sua diretoria. No
total, a participação do grupo controlador, vendida para o
Apax, é da ordem de 54,25% do capital da empresa. A
Tivit realizou em 2009 a abertura de seu capital em
bolsa e é hoje a única empresa de TI na
BM&FBovespa. Este é o primeiro investimento do
Apax
no
Brasil e está prevista uma oferta pública aos acionistas minoritários da empresa adquirida. O valor da transação é de R$ 874 m, devendo chegar a R$ 1,7 bilhão com a oferta aos minoritários.
| A Itautec anunciou a
venda de sua participação na Tallard Technologies,
empresa de distribuição de equipamentos, para a norte-americana
Avnet por R$ 69 m. A Itautec havia
comprado a Tallard em 2006 por US$ 16 m. Com os
recursos, a empresa reforça seu caixa para amparar seu plano de
investimentos de R$ 100 m até o final de 2010, boa parte dos quais
na renovação de seu portfólio de produtos (computadores de mesa,
laptops
e máquinas de auto-atendimento bancário).
Imobiliário
| A Mills Estruturas e Serviços de
Engenharia, prestadora de serviços para o setor
de construção, realizou sua abertura de capital com uma oferta
primária e outra secundária de papéis. A empresa foi a quinta a abrir capital
em 2010, seguindo-se à Aliansce,
Multiplus, OSX e
Ecorodovias. No total, a oferta da
Mills movimentou R$ 596 m, dos quais R$ 425 m para
seu caixa (emissão primária). Estes recursos serão direcionados à
compra de equipamentos e aquisições estratégicas. A
Mills fornece infra-estrutura para obras, como o
aluguel de estruturas, serviços de pintura, isolamento térmico e
instalações elétricas. A empresa é controlada pela
Participações e Empreendimentos Staldzene (72,6% do
capital), formada pela Nacht Participações, pela
Jeroboam Investments LLC
e outros.
| A construtora e incorporadora
Even captou R$ 292 m com sua nova oferta primária
de ações ordinárias. Os recursos serão aplicados na aquisição de
terrenos, lançamentos, construção de novos empreendimentos e em
capital de giro. O montante pode chegar a R$ 326 m, dependendo do
exercício do lote suplementar. A Even também
efetivou uma distribuição secundária de papéis de R$ 148 m, na qual
atuaram como vendedores o FIP Genoa
(Spinnaker Capital Group) e administradores da
empresa. Com o lote suplementar, o valor da distribuição secundária
pode subir a R$ 180 m. Com a oferta, o free float da
Even
passou de 43,6% para 66,7%.
| O Espírito Santo Property
Brasil (ESPB), braço imobiliário do grupo
português Espírito Santo, está iniciando a
construção da primeira etapa de um novo bairro sustentável na Grande
Florianópolis, SC. A primeira quadra do projeto compreende 217
unidades entre apartamentos residenciais e salas comerciais e
exigirá aporte de R$ 82 m. No segundo semestre deverá ser lançada a
segunda quadra, com moradias e escritórios. O empreendimento será em
parceira com a Pedra Branca, que detém dois terços do projeto.
| O CenterVale Shopping,
de São José dos Campos (SP), está passando por uma processo de
revitalização e expansão e receberá aportes de R$ 70 m ao longo dos
próximos dois anos. Estão previstas 80 novas lojas, sendo que uma
primeira etapa do projeto será inaugurada em setembro deste ano. O
CenterVale Shopping é administrado pelo grupo
canadense Ancar Ivanhoe.
| Com um plano de investimentos de R$ 450
m, até 2013 o Grupo Almeida Júnior
pretende inaugurar um novo
shopping em cada região de SC. Com isso, a empresa pretende
reforçar sua liderança no mercado de shoppings naquele Estado.
Atualmente o grupo conta com três empreendimentos locais: o
Shopping Neumarkt (Blumenau), o Balneário
Camboriú Shopping e o recém inaugurado Joinville
Garten Shopping. Para 2011 está previsto o lançamento do
Blumenau Norte Shopping, do Chapecó Park
Shopping e do Criciúma Shopping, cada um com aporte de R$ 100 m. Também há planos para unidades nas regiões de Lages e de Florianópolis.
| A BS Construtora está
investindo R$ 25 m na construção de duas fábricas na Região
Nordeste, sendo uma em PE e outra na PB. A BS
Construtora
é especializada na fabricação de casas pré-moldadas, mas também comercializa imóveis. A unidade pernambucana ficará no município de Moreno e receberá aporte de R$ 15 m. Ela será maior do que as atuais unidades de RR, AC e MT. Já a planta da PB ainda não tem local definido, mas o aporte nela será de R$ 10 m.
| A PDG Realty anunciou a
aquisição da Agre e passou a disputar com a
Cyrela a liderança no mercado imobiliário
brasileiro. A transação não envolve dinheiro, apenas troca de ações,
sendo que, pelos termos acordados, a PDG irá
incorporar 100% da Agre. Em valor de mercado, a nova
empresa equipara-se à líder Cyrela. Ela é o
resultado da união de várias imobiliárias: Agra,
Klabin Segall, Abyara,
Goldfarb, CHL e a própria
PDG Realty. Com a Agre, a
PDG, além de mais diversificada em termos de público alvo, também passa a atuar em mercados onde ainda não participava, como os das Regiões Norte e Nordeste.
| O fundo Gávea
Investimentos assumiu uma participação de 14,5% na
Odebrecht Realizações Imobiliárias, que foca sua
atuação no público de baixa renda. O valor da transação não foi
divulgado. A principal aposta da divisão imobiliária da
Odebrecht
são os programas de habitação popular.
| O Hospital
Sírio-Libanês está investindo entre R$ 180 m e R$ 200 m na
construção de sua primeira unidade fora de São Paulo. Trata-se de um
novo empreendimento hospitalar em Campinas (SP), com
centro-cirúrgico e pronto-atendimento, a ser concluído em 2014. Além
da nova unidade em Campinas, o Sírio-Libanês
também tem em andamento a ampliação de sua unidade paulistana, orçada em R$ 600 m, além da construção de uma unidade avançada também na capital paulista.
| A rede de hotéis e resorts
Bourbon fará sua estréia no mercado internacional
por meio da unidade que a Confederação Sul-Americana de
Futebol (Conmebol) está construindo em
Assunção, Paraguai. O hotel deverá ser inaugurado em maio de 2011 e,
até lá, há a expectativa de que outro contrato seja fechado pela
empresa com o governo de Cuba para a administração de um hotel em
Havana. A rede Bourbon possui sede em Londrina (PR)
e hoje conta com 11 hotéis, sendo quatro próprios. O novo
Bourbon Conmebol Convention Hotel
receberá investimentos de US$ 30 m e o contrato de concessão com a operadora será de 25 anos.
Transportes
| A TAM Linhas Aéreas
decidiu ampliar seus investimentos em 2010 de US$ 600 m para US$ 800
m e, com isso, passar a deter 11 novas aeronaves. Ao todo serão 148
unidades previstas para o final do ano, sendo que a ampliação da
frota se justifica pelo aumento na demanda por vôos domésticos.
Outro plano da TAM
é ampliar sua rede de lojas dos atuais 70 pontos de venda para 200 nos próximos dois anos.
| A companhia aérea
OceanAir, controlada pelo grupo
Synergy, assumiu o nome Avianca,
marca da empresa colombiana controlada pelo mesmo grupo
Synergy. Paralelamente, a Avianca
Brasil está adquirindo quatro novas aeronaves
Airbus
neste ano, o que elevará sua frota para 18 aviões. Os novos aviões integram o plano de investimentos de US$ 250 m da empresa em 2010.
| A ALL Logística fechou
com a Usiminas seu maior negócio na área de transporte de produtos
siderúrgicos. Pelo acordo, a ALL irá transportar
bobinas de aço entre os pólos produtores de Cubatão (SP) e Ipatinga
(MG) e o Sul do País. Os investimentos serão de R$ 235 m em
terminais e material rodante, devendo ocorrer até o final de 2011. O
negócio dará continuidade ao projeto-piloto lançado em 2009, ligando a
antiga Cosipa, em Cubatão (SP), a Porto Alegre
(RS). A Usiminas aplicará R$ 99 m na compra de 1104
vagões plataforma e a ALL
investirá R$ 125 m na aquisição de 41 locomotivas. O restante dos aportes será na construção de acessos locais.
| A Jardim Botânico
Investimentos (JBI) vai investir R$ 15 m
na Ferrolease, empresa de fretamento de
vagões ferroviários. A Ferrolease
possui sede em Curitiba (PR) e a
JBI será minoritária em seu capital. Após o aporte,
o InfraBrasil, fundo de participações do
Santander, deverá entrar com
mais R$ 35 m no capital da Ferrolease. A empresa nasceu da sociedade entre a
Global Railroad Leasing LLC e o Grupo
ATT, sendo que hoje ela administra uma frota de 170 vagões.
| A Keppel Singmarine, de
Cingapura, pretende investir US$ 50 m para ampliar as atividades do
estaleiro TWB, em Navegantes (SC). Com o aporte, a
produção da TWB deve triplicar nos próximos dois
anos e a empresa passará a fabricar barcos de apoio
offshore e embarcações em aço. O aporte em SC será o
segundo negócio da Keppel no Brasil, sendo que a
empresa hoje conta com uma unidade em Angra dos Reis (RJ) voltada
para a fabricação de plataformas e embarcações de grande porte. A
expectativa da Keppel
é iniciar a produção da nova plataforma em Navegantes já a partir de meados de 2010.
| A Julio Simões
Logística concluiu seu IPO com uma colocação primária de
ações no valor de R$ 478 m. Os investidores estrangeiros foram
responsáveis por uma parcela de 67% das compras. Com os recursos, a
Julio Simões pretende investir em seu crescimento
orgânico, aquisições e na melhora do perfil de seu endividamento. A
Julio Simões Participações, controladora da empresa, é a maior provedora de serviços logísticos (PSL) do País e possui quatro principais áreas de negócios: serviços para a cadeias de suprimentos, gestão e terceirização de frotas, transporte de passageiros e transporte de cargas.
Serviços
| O grupo pernambucano Ser
Educacional, controlador da Faculdade Maurício de
Nassau, pretende
construir seis novos campi universitários
na Região Nordeste e ainda adquirir faculdades concorrentes ao longo
dos próximos quatro anos. Dois prédios e uma biblioteca serão
erguidos em Recife (PE), além de instalações em João Pessoa (PB),
Fortaleza (CE), Caruaru (PE) e Maceió (AL). A Ser
Educacional também pretende estender sua atuação para a
Região Norte. O grupo tem entre seus acionistas o fundo
norte-americano Cartesian Capital.
| A GRSA, líder no
mercado brasileiro de refeições coletivas, adquiriu duas novas
empresas de serviços: a Clean Mall e a FB
Facility, ambas do grupo paulista FB. A
intenção da GRSA, que pertence ao grupo inglês
Compass, é triplicar seus negócios no País num
prazo de cinco anos. O valor das duas aquisições não foi divulgado.
A Clean Mall é especializada em limpeza geral e
hospitalar e a FB Facility
em serviços de suporte, como manutenção predial, recepção, jardinagem e segurança não armada.
| A rede de laboratórios
Fleury anunciou a compra da DI Serviços
Médicos e da DI Médicos Associados por R$ 11,5 m. As
empresas adquiridas são responsáveis pelos exames de imagem e
medicina nuclear no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e no Hospital do Coração
(HCor). A operação reforça a presença do
Grupo Fleury
na área hospitalar, uma de suas estratégias de crescimento.
Financeiro
| O Banco do Brasil
(BB) irá desembolsar R$ 1,1 bilhão para assumir
mais 5,11% do capital da Cielo e mais 4,65% da
Visa Vale, empresas nas quais passará a deter
participação de 28,65% e de 45% respectivamente. Já o
Bradesco vai pagar R$ 564 m e assumirá 2,09% da
Cielo e 10,76% da Visa Vale,
ficando com fatias idênticas às do BB. As
participações foram adquiridas do Santander
Espanha. Com a transação, BB e
Bradesco
reforçam sua presença no segmento de credenciamento de estabelecimentos comerciais, captura e processamento de cartões.
| No plano internacional, o Banco
do Brasil fechou a aquisição do controle acionário do
Banco Patagônia, o sexto maior da Argentina. Na
transação, o BB irá pagar US$ 479,6 m por 51% do
capital do Patagônia e assumirá suas 154 agências.
Outros acionistas da instituição são a Administração
Nacional de Seguridade Social da Argentina e o banco
italiano Intesa Sanpaolo (SPA). As
operações do Banco Patagônia são pequenas frente à
estrutura do BB, mas sua aquisição inaugura uma
nova fase na internacionalização do banco brasileiro, que busca as
subsidiárias de seus clientes brasileiros. O
Patagonia
é um banco de varejo e possui presença em todas as províncias da Argentina.
| Já no setor de seguros, o
BB e a espanhola Mapfre formalizaram
sua parceria nos segmentos de seguros de vida e ramos elementares
(carros, residências e empresas). Pelos termos acordados, a sociedade
terá duração de 20 anos, sendo que o BB irá pagar
R$ 295 m à Mapfre como forma de equilibrar os
ativos das duas sócias. Paralelamente, o BB também
pagou R$ 340 m à SulAmérica pela aquisição de 30%
de sua fatia na Brasil Veículos, que passará a
integrar a sociedade com a Mapfre. A nova empresa
de seguros nasce como a maior da América Latina e seu desenho
societário compreende a criação de duas holdings: a
BB Mapfre SH1, no segmento de pessoas, imóveis e
agrícola, e na qual a Mapfre terá 50,01% das ações
ordinárias e o BB os 49,99% restantes, além da
totalidade das ações preferenciais; e a Mapfre BB
SH2, com atuação em ramos elementares e controle acionário
semelhante à da outra holding, com a diferença de que a
Mapfre
terá 49% do capital preferencial.
| O banco suíço UBS
anunciou a aquisição da Link Investimentos por R$
195 m (cerca de US$ 112 m). A transação não abrange a Link
Trade, que presta serviços de corretagem no varejo. A
operação marca o retorno do UBS ao setor bancário
brasileiro, já que em 2009 havia revendido o UBS
Pactual
a fim de aliviar sua crise financeira. A intenção do banco suíço é desenvolver um banco de investimentos completo no País.
Outros Setores
| A Química Amparo,
fabricante brasileira de produtos de limpeza, iniciou a construção
de sua quarta fábrica no Brasil. A unidade ficará em Anápolis (GO) e
receberá investimentos de R$ 180 m. Sua inauguração está prevista
para setembro. Toda sua produção deverá ser direcionada para as
regiões Norte e Nordeste. A Química Amparo possui
sede em Amparo (SP) e tem em seu portfolio a marca de produtos de
limpeza Ypê. Suas fábricas atuais ficam em Amparo (SP) Salto (SP) e Simões Filho (BA).
| Numa operação avaliada em R$ 100 m, a
farmacêutica norte-americana Valeant adquiriu o
laboratório brasileiro Delta. A operação visa a
expansão da Valeant no segmento dermatológico
brasileiro e servirá para a empresa estabelecer uma base de
medicamentos genéricos no País. A Delta possui
fábrica em Indaiatuba (SP). Na sequência, a Valeant
também anunciou a incorporação do laboratório
Bunker, com sede na capital paulista, dando mais um
passo para reforçar sua posição no segmento de genéricos. A
transação é avaliada em R$ 100 m, mesmo valor da aquisição do
Delta. A Valeant
é especializada em sistema nervoso central, dermatologia, antibióticos e anti-inflamatórios. Agora com três fábricas no Brasil, a empresa pretende concentrar sua produção nas unidades recém-adquiridas, sendo que sua planta original fica em Campinas (SP).
| A fabricante de papel e celulose
Suzano concluiu a venda de suas terras com plantio de
eucalipto em MG para os fundos de investimento em ativos florestais
Phaunos, do Reino Unido, e RMK,
dos Estados Unidos. A operação rendeu R$ 333 m à
Suzano, pouco acima dos R$ 311 m anunciados em
dezembro. Os recursos serão utilizados pela Suzano
em seus projetos de expansão, que incluem a construção de duas
unidades de celulose no MA e PI. A Phaunos atuou
por meio da Mata Mineira Investimentos Florestais e
a RMK por meio da Fazenda Turmalina
Holdings.
| A CCE, fabricante de
eletroeletrônicos, pretende montar uma fábrica de telas de cristal
líquido (LCD) em Manaus, AM. Lá, a empresa já concentra seu parque
fabril no Brasil. O investimento previsto na nova linha é de R$ 50
m, dos quais R$ 30 m a serem aportados no primeiro ano de operação e
os R$ 20 m restantes nos dois anos seguintes. A expectativa é de que
a unidade seja inaugurada no final deste ano. Atualmente a
CCE fabrica no Brasil componentes como placas-mãe,
memórias, gabinetes, placas de vídeo e outros. A produção do LCD
ficará a cargo da Digiboard, braço de informática
da CCE.
A
BRASILPAR possui mais de
30 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições,
avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já
acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais
serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre
empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos
e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria
estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios;
aconselhamento financeiro e estratégico em geral.
Sócios:
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Associados:
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Av. Presidente Juscelino
Kubitschek, 28 - 8o andar
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O
cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de
opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia
comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização
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Os
projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste
boletim referem-se aos divulgados nos principais meios
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